quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Copa 2014: sobre boleiros, tratores e machados

Possivelmente dentre os países do Brics, o Brasil é o mais ambivalente, com todo respeito aos nosso parceiros do Sul, temos uma cultura ocidental de negócios, forte tradição de abertura, uma população ávida para consumir e uma recepção ímpar para estrangeiros.

Com estes méritos ganhamos o direito de sediar a Copa em 2014 e as Olimpíadas em 2016 e estamos nos preparando para isso.

No entanto, apesar dos fatores positivos, ainda oferecemos muitos riscos e, como acompanhamos na imprensa local e internacional, parecemos atrasados com nossa burocracia, uma cultura política voltada para o próprio umbigo e um setor privado quase autista, apesar de dinâmico.

Durante uma conversa com um proeminente advogado que atua na área de contratos para o setor de infraestrutura, discutimos bastante estes entraves e uma das conclusões que chegamos é que existe uma cultura da falta de planejamento que acaba desaguando nos contratos que, pela complexidade das obras, dos sistemas de licenciamento, da dinâmica do mercado e da burocracia dos governos, acabam sendo aditividados, mudados e, frenquentemente, terminam em litígio.

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